quinta-feira, 18 de dezembro de 2008

Chuva deixa 27 mil desalojados e desabrigados em Minas

O último balanço, divulgado nesta manhã pela Defesa Civil de Minas Gerais, registra 22.752 moradores desalojados e 4.193 desabrigados pela chuva que atinge o Estado. Até agora, pelo menos 117 casas foram destruídas totalmente e outras 12.929 ficaram danificadas.

Ainda segundo a Defesa Civil, quase 150 mil pessoas em todo o Estado foram afetadas pelos temporais. Quatorze pessoas morreram e outras 300 ficaram feridas. Das 71 cidades atingidas, 39 já decretaram situação de emergência.

Nesta madrugada, cinco cidades que são banhadas pelo rio Paraopeba foram atingidas pela cheia e estão debaixo d'água: Brumadinho, Itaguara, Mário Campos, Rio Manso e São Joaquim de Bicas, todas na região metropolitana de Belo Horizonte.

Em Brumadinho, a 60 km da capital, o nível da água do Paraopeba subiu cerca de 6 m acima do normal. Aproximadamente 70 famílias foram atendidas pela Defesa Civil da cidade, e pelo menos três bairros ficaram submersos.

Os principais acessos ao município estão interditados. Às 11h o Corpo de Bombeiros iniciou um sobrevôo de helicóptero para fazer o resgate das vítimas que permanecem ilhadas.

Em Betim, também na região metropolitana, várias pessoas estão ilhadas desde a tarde passada dentro do Hospital Colônia Santa Izabel, que presta atendimento de internação para portadores de hanseníase. O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil trabalham no local para retirar os pacientes.

Pelo menos treze cidades da Zona da Mata já comunicaram enchentes e deslizamentos à coordenadoria de Defesa Civil Estadual. Parte do município de Guaraciaba está submersa. Moradores tiveram as casas inundadas pela enchente e lama.

Na cidade de Ervália, quatro pessoas da mesma família morreram soterradas na última terça-feira. Também na terça-feira em Miraí, duas pessoas foram vítimas dos deslizamentos de terra, mas conseguiram sair com vida. Elas foram internadas no hospital da cidade.

Em Divinópolis, na região centro-oeste, a prefeitura informou que o abastecimento de água foi suspenso porque o rio Itapecerica, que corta a cidade, está pelo menos 5 m acima do nível normal. A Copasa, empresa que faz o fornecimento da água, informou que ainda não há previsão de retorno do funcionamento da Estação de Tratamento Rio Itapecerica.

O fornecimento de água potável também foi suspenso, sem previsão de reestabelecimento, em Conceição do Pará por causa da cheia do rio Pará.

Quatro cidades da região Central também enviaram comunicados à Defesa Civil. Em João Monlevade e em Itabira, os deslizamentos de terra deixaram duas vítimas fatais. Em Jeceaba e Congonhas, a situação também é crítica. Dezenas de famílias foram desalojadas e levadas para abrigos municipais.

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